Leslie custou milhões aos concelhos por onde passou. Autarcas fazem contas à vida
Montemor-o-Velho, Figueira da Foz e Soure são 3 concelhos que se tentam reerguer-se depois da tempestade Leslie. Autarcas fazem os levantamentos aos prejuízos mas não têm dúvidas de que vão atingir milhões de euros.
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Na Figueira da Foz fazem-se limpezas nas ruas, avaliam-se os estragos no tecido económico, nos equipamentos públicos e nas casas particulares.
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O presidente da câmara municipal salienta que há ainda cerca de 8 mil pessoas sem luz elétrica no concelho. Muitas escolas continuam encerradas." Das 55 só 15 é que abriram. Há telhados para repor, janelas e caixilhos que são necessários colocar para que os alunos possam estar em segurança nas suas escolas", explica João Ataíde das Neves. "A EDP está a fazer um esforço para fazer a cobertura total do concelho com geradores, já que há muitos cabos de média de tensão no chão".
João Ataíde das Neves afirma que a avaliação dos estragos provocados pela tempestade Leslie ainda está a ser feita, nomeadamente nas indústrias de pesca onde os danos são avultados."O impacto nas habitações também é brutal".
No concelho de Soure o autarca Mário Jorge Nunes garante que os serviços municipais, da Proteção Civil, EDP e empresas de telecomunicações há muitas horas que não param.
Mesmo assim ainda há milhares de pessoas sem eletricidade nas suas casas, cerca de 50% dos habitantes do concelho." Esperamos que até às 24 horas se consiga resolver o que falta". Ainda há 8 escolas fechadas e estabelecimentos públicos danificados, entre eles o arquivo, o edifício dos Paços do concelho, Piscinas Municipais, estações de tratamento de águas.
Em Montemor-o-Velho o presidente da câmara considera que os danos causados pela tempestade Leslie" talvez seja das maiores tragédias que o concelho sofreu nos últimos anos". Emílio Torrão sublinha que a maior freguesia do concelho continua com graves problemas de fornecimento de energia elétrica. " Já conseguimos restabelecer com geradores a luz para o abastecimento de água", porque até hoje ainda havia população sem água nas torneiras. 70 a 80% das casas de habitação foram também atingidas pela tempestade. Os edifícios municipais, a biblioteca, piscinas, o pavilhão, estão sem cobertura, uma situação que inquieta o autarca."A grande preocupação agora é porque está a chover", lamenta.