Um vídeo sobre os gostos de um jovem foi deixado como "público" no YouTube. O conteúdo tornou-se viral e o pai pediu à Google para retirar o vídeo. Já há duas sentenças contraditórias.
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Tudo começou em 2012 quando Nissim Ourfali e a família publicaram um vídeo no YouTube para celebrar o "Bar Mitzvah" (ou seja, os 13 anos de Nissim).
O vídeo não aparenta ter nada de especial, mas atingiu um milhão de visualizações e o pai - que o deixara como "público" para que a família pudesse ver - retirou-o da plataforma da Google.
Como muitas vezes acontece no YouTube, surgiram cópias e paródias.
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Ainda em 2012, os pais de Nissim processaram a Google, para obrigar a empresa a retirar as cópias.
Em 2014 há uma primeira decisão a favor da Google: ao mesmo tempo que lembrava ao pai que deveria ter mantido o vídeo como "privado", o juiz disse que não seria possível encontrar todas as versões que existem para depois as remover.
Agora, na segunda instância (o Tribunal de Justiça de São Paulo), a sentença é favorável à família de Nissim: a Google deve identificar e tirar da internet as páginas com o vídeo, lembrando que os operadores de Internet são obrigados a apagar conteúdos prejudiciais à imagem de menores.
Será realmente possível, sem indicação dos respetivos URLs?
E o que acontece com os vídeos que parodiam Nissim? A lei brasileira diz que "são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito".
Vai a Google recorrer?
Resta acrescentar que, até este momento, diversos vídeos continuam ativos e que muitos utilizadores dizem ter cópias que serão publicadas, caso a Google seja realmente obrigada a retirar todos os vídeos.