A escritora natural do Algarve destaca a mobilização de milhões de refugiados como o acontecimento que marcou 2015.
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Num ano marcado por conflitos regionais, que obrigaram milhões de pessoas a procurarem refúgio em países vizinhos, Lídia Jorge considera que a deslocação de milhões de pessoas é o acontecimento "mais comovente, mais importante e determinante no futuro".
A escritora afirma que são questões "centrais, as mais perigosas, e que merecem toda a nossa atenção.
As Nações Unidas calculam que mais de 60 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonarem as casas. A organização internacional fala num número recorde, que levou à mobilização de muitos recursos, nomeadamente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
António Guterres é por isso a figura do ano eleita pela escritora. Lídia Jorge afirma que "ele está ligado a este acontecimento fulcral deste ano de 2015, que foi o volume absolutamente extraordinário de refugiados que constitui uma espécie de êxodo que era inimaginável há uns escassos anos atras. E ele teve um papel fundamental na gestão dolorosa e difícil que tem sido canalizar esforços para enfrentar a questão de refugiados, migrantes".
Lídia Jorge espera que em 2016 sejam encontradas soluções para os conflitos que afetam as populações de várias regiões do mundo.