Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses considera que o problema não está nos meios de combate, mas sim na estratégia de prevenção.
Corpo do artigo
A floresta portuguesa continua doente. O diagnóstico é do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses no dia em que arranca mais uma fase do dispositivo de combate aos incêndios.
Com a chegada do nível 3 os meios vão ser reforçados, mas Jaime Marta Soares considera que o problema não está nos meios de combate e sim na estratégia de prevenção. O presidente da Liga dos Bombeiros afirma que tem faltado coragem política para tratar a floresta nacional.
"Sabemos que a floresta portuguesa cresce com uma facilidade impressionante e isto obriga a uma estratégia global e de dimensão estrutural, não só à limpeza junto às populações, nas zonas industriais e nas estradas e caminhos. Diria que não é com aspirinas baratas que se fazem esses tratamentos, tem de ser com antibióticos de boa qualidade e para isso é preciso ter coragem política para definir estratégias e legislação que efetivamente nos diga que é por aqui. Isso não tem sido feito", explicou à TSF Jaime Marta Soares.
TSF\audio\2021\06\noticias\01\jaime_marta_soares_09h
Mais de 9600 operacionais vão reforçar, a partir desta terça-feira e até ao final do mês, o dispositivo de combate aos incêndios. Além de bombeiros voluntários e agentes da Proteção Civil vão haver também mais sapadores e guardas florestais.
O dispositivo de combate a incêndios rurais volta esta terça-feira a ser reforçado, passando a estar no terreno 9679 operacionais e 60 meios aéreos.
Segundo a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2021, os meios são reforçados esta terça-feira pela segunda vez este ano, situando-se no denominado "nível III", que termina a 30 de junho.
13790690