Anda de barco? Esta terça-feira a ligação Barreiro-Lisboa vai sofrer perturbações

As ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa vão, esta terça-feira, ser afetadas entre as 6h30 e as 9h30, depois de um "incidente inesperado" com uma embarcação da Soflusa, disse à TSF fonte oficial da empresa.

Esta segunda-feira as ligações podem sofrer "atrasos ou supressões", uma vez que vão estar a trabalhar cinco em vez dos habituais seis navios, explicou a Soflusa à agência Lusa.

"Ocorreu ao final da tarde de hoje um incidente inesperado que envolveu o catamarã 'Antero de Quental', que estamos a avaliar", disse à Lusa fonte oficial da empresa, explicando que a embarcação deixou de funcionar.

A Soflusa garante que tomou "de imediato" todas as medidas necessárias para "repor a normalidade da operação tão breve quanto possível".

Sindicalistas falam de situação previsível

O "incidente inesperado" que a Soflusa menciona envolveu, segundo Frederico Pereira, do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP), "duas embarcações" da empresa, que se envolveram num toque que deixou "o Antero de Quental com problemas".

audio TSF\audio\2018\10\noticias\23\frederico_pereira_1_toque_entre_duas O sindicalista Frederico Pereira explica o que se passou com a embarcação Antero de Quental.

Após este acidente foram suprimidas carreiras "na tarde desta segunda-feira" e serão também suprimidas nesta terça-feira, reforça Frederico Pereira.

As supressões podiam, no entanto, ser minimizadas se existissem mais embarcações. "Precisamos de mais do que as cinco embarcações que neste momento estão disponíveis para responder às necessidades diárias de transporte entre o Barreiro e Lisboa", explica.

A empresa necessitaria, neste momento, de "sete embarcações para operar na hora de ponta da manhã". Além do Antero de Quental, também a embarcação "Jorge de Sena aguarda estaleiro, estando paralisado, e está também o Almeida Garrett em estaleiro, não se sabendo quando estará disponível" para voltar a operar.

Contas feitas, a Soflusa tem neste momento apenas cinco embarcações operacionais, o que é "manifestamente insuficiente" nas horas de ponta da manhã e da tarde.