A companhia aérea portuguesa "Euroatlantic Airways" celebra esta sexta-feira um acordo para realizar voos regulares entre Lisboa e Bissau, num momento em que a TAP adiou a reativação das ligações entre os dois países.
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O diretor de relações exteriores da companhia, José Caetano Pestana, remeteu para sexta-feira mais informações sobre a frequência das ligações regulares diretas entre os dois países, que estão suspensas desde dezembro de 2013.
«É um prazer expandir a presença da Euroatlantic em África», afirmou Caetano Pestana, salientando que estas ligações visam «ajudar a Guiné-Bissau e a sua população».
«Existem muitos casos de pessoas que precisam de vir a Portugal, seja por motivos de saúde ou outros, e é necessário ajudar», disse Caetano Pestana, acrescentando que a transportadora aérea privada foi contactada pelo governo da Guiné-Bissau.
A "Euroatlantic Airways", participada do Grupo Pestana, é uma empresa especializada em "leasing" de aviões para outras companhias aéreas mas tem reforçado a sua atuação em África, detendo parte do capital da "STP Airways", a companhia aérea de São Tomé e Príncipe, e parcerias com as companhias aéreas estatais angolana e moçambicana, impedidas de voar para o espaço europeu.
Em comunicado, a "Euroatlantic Airways" informa que será assinado um acordo com o Governo da Guiné-Bissau, que será representado, entre outros governantes, pelo secretário de Estado dos Transportes, João Bernardo Vieira.
A TAP suspendeu os seus voos para Bissau em dezembro de 2013 na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 cidadãos sírios com documentação falsa que viriam a ser descobertos em Lisboa, onde acabaram por pedir asilo político.
Depois desse incidente, a Guiné-Bissau elegeu novo Presidente e novo governo, pondo fim a dois anos de regime transitório após um golpe militar e, desde então, as autoridades de Bissau têm pedido o regresso das ligações regulares com Lisboa.
Nesse sentido, o aeroporto Osvaldo Vieira, o único da Guiné-Bissau que recebe voos internacionais, sofreu algumas obras, nomeadamente ao nível de segurança e controlo de entrada e saída de pessoas.
Contudo, a 15 de outubro a TAP anunciou que não estão reunidas as condições operacionais necessárias para retomar os voos para a Guiné-Bissau, previstos então para 28 de outubro, adiando o regresso das ligações por um período "não inferior a 45 dias".