Os líderes parlamentares do PS e do PSD discutiram esta, quinta-feira no Parlamento, usando linguagem comercial, a responsabilidade pela gerência do país.
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Carlos Zorrinho, líder parlamentar socialista, reafirmou que o PS se assume com uma posição construtiva e alternativa de governação, com orgulho também na história recente.
«O PS colocou uma placa e diz que reabriu com nova gerência», mas «esta nova gerência é protagonizada pelos mesmos que na gerência anterior trouxeram o país para a situação de dificuldade que obrigou Portugal a ter de recorrer à ajuda externa», disse, por seu lado, o líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro.
«Os senhores pelo contrário não mudaram de gerência, mas mudaram de negócio. Ou seja, tinham uma gerência que propunha aos portugueses crescimento, desenvolvimento, corte nas gorduras, não ataque às funções sociais, não aumento de impostos e afinal tornaram-se numa repartição de cobrança de impostos e ataque ao estado social», acusou o socialista.
Na sua estreia como líder parlamentar do PS, Zorrinho destacou-se pela prudência, não clarificando por agora qual vai ser a proposta do partido sobre o enriquecimento ilícito nem a sua posição sobre a fixação na Constituição de limites ao défice, apesar da insistência do PSD nesse tópico.
«Qual é a posição do PS para este dado e para este avanço que estamos em crer que vai ocorrer com a criminalização do enriquecimento ilícito», questionou o líder da bancada do PSD.
«Não nos precipitamos, não seguimos os calendários que os senhores desejam, reflectimos e ponderamos e no momento certo cá estaremos com as nossas propostas», frisou Carlos Zorrinho.