Lisboa acolhe marcha pelo fim da violência contra mulheres: "É uma causa que ainda necessita de muita visibilidade"
A marcha tem início às 18h00, no Intendente, e termina no Largo de São Domingos, onde será feita a leitura do manifesto
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A marcha pelo fim da violência contra as mulheres ocorre esta segunda-feira, em Lisboa, reunindo várias associações, numa data em que se assinala o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra Mulheres.
Mahara Damasceno, representante da Clube Safo, que organiza esta ação, defende que esta é uma "forma de se tornar visível uma reivindicação de todos".
"Nós sempre estamos à espera de muitas pessoas, até porque é uma causa que é diz muito do mundo e diz muito também da realidade de Portugal. É uma causa que infelizmente ainda necessita de muita visibilidade e de muitos adeptos", explica, em declarações à TSF, acrescentando que uma adesão forte à iniciativa é "muito importante".
A marcha tem início às 18h00, no Intendente, segue para o Martim Moniz, Praça da Figueira e Rossio. Termina, depois, no Largo de São Domingos, onde será feita a leitura do manifesto.
Mahara Damasceno lamenta igualmente a falta de "um senso de igualdade e equidade mundial e nacional daquilo que são os direitos das mulheres", afirmando que este cenário "gera violência".
Aponta ainda para a importância de se olhar além da violência física: "Hoje temos já outras formas de violência, que sabemos que se calhar são até muito mais propagadas, como a emocional, a psicológica ou a simbólica, que também faz parte da nossa luta."
Além desta iniciativa, está também marcada uma vigília, em Viseu, para assinalar a data com início às 18h00, na Rua Formosa, perto do Mercado 2 de Maio.
Já esta manhã, o Presidente da República pediu uma "ação vigorosa" no combate à violência doméstica, no Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, uma data em que o Palácio de Belém ficará, uma vez mais, simbolicamente, iluminado de laranja.
Também o primeiro-ministro apelou à consciencialização de que o crime de violência doméstica é um crime público, que deve ser denunciado, e garantiu que o Governo está empenhado na luta contra esse fenómeno, estando a reforçar os seus meios.