A capital portuguesa está abaixo das 100 mais caras, mas tem um dos preços da gasolina mais elevados do mundo. Hong Kong continua a liderar o ranking.
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Lisboa é a 106.ª cidade mais cara do mundo, revela a lista elaborada anualmente pela consultora Mercer. Nesta 26ª edição do estudo "Custo de Vida", a capital portuguesa caiu 11 lugares - estava em 95.º em 2019.
A par de Lisboa, estão as cidades de Hamburgo (Alemanha) e Kiev (Ucrânia).
O ranking é liderado por Hong Kong (China), seguida por Asgabade (Turquemenistão), Tóquio (Japão), Zurique (Suíça) e Singapura (Singapura).
Apesar de estar fora do top 100 das mais caras, Lisboa tem uma variável entre as mais elevadas do mundo. "O preço da gasolina em Lisboa (1,61 euros / litro de gasolina 95 octanas) é dos mais elevados tendo em conta as restantes cidades do ranking", revela em comunicado a consultora que analisou 209 cidades em todo o mundo.
"Por outro lado, e comparativamente com a cidade mais cara do ranking, o preço médio de produtos de limpeza, que inclui antissépticos, produtos de limpeza de casa ou detergente para máquina de lavar loiça, a cidade de Lisboa apresenta um custo médio de 32,90 euros e Hong Kong, a cidade mais cara do mundo para expatriados, o valor médio de 37,80 euros." A diferença é de 4,90 euros.
Lisboa é mais cara do que cidades como Doha (Qatar), Camberra (Austrália), Estocolmo (Suécia) ou Montreal (Canadá).
A capital portuguesa está 9 lugares à frente de Luanda (115.ª) que em 2017 era a cidade mais cara do mundo.
Maputo (Moçambique) está na posição 161. São Paulo (Brasil) ocupa a posição 130, enquanto o Rio de Janeiro está no lugar 160 e Brasília em 190º.
No fundo da lista de cidades mais caras está Tunes, na Tunísia.
Os dados deste estudo foram recolhidos em março pela Mercer. A consultora indica que "as flutuações de preço em muitas regiões não se revelaram significantes devido à pandemia".
De acordo com a Mercer, o estudo anual sobre o custo de vida nas cidades "compara os custos de mais de 200 itens em cada local, entre eles alojamento, transportes, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento" e foi desenvolvido "para ajudar ajudar as organizações multinacionais e os Governos a definirem estratégias de compensação para os seus colaboradores expatriados".
A cidade de Nova Iorque (este ano na posição 6 do ranking) "é utilizada como a cidade base para todas as comparações, sendo que os movimentos cambiais têm como referência o dólar norte-americano".