
Portugal Angola
dr
Menos burocracia, tempo de espera e prazos de permanência alargados, são as ideias-chave do acordo que hoje vai ser assinado entre Paulo Portas e o ministro das Relações Exteriores de Angola.
Corpo do artigo
Durante a visita oficial do ministro angolano, Georges Chicoti, vai ser assinado um novo acordo para a aplicação de novas regras para os vistos entre Lisboa e Luanda.
Portugal e Angola comprometem-se a agilizar procedimentos, diminuir a burocracia e dar resposta rápida aos pedidos de visto, que têm aumentado nos últimos anos.
O único acordo que havia até agora era no âmbito da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), mas a partir de hoje, com as assinaturas de Paulo Portas e do homólogo angolano, as regras mudam.
O visto de curta duração para Angola passa a ser válido por três meses, e não apenas por um como era até agora, e vai permitir mais do que uma entrada no país, desde que esteja dentro do prazo de validade.
Também para os vistos de trabalho o prazo triplica, ou seja, até aqui o visto de trabalho tinha a duração de um ano, renovável por períodos iguais, mas vai passar a ser válido por três anos.
Este acordo é considerado histórico pelos dois Governos e, ao que a TSF apurou, para o Ministério de Paulo Portas representa um novo ciclo nas relações entre Portugal e Angola.
Na perspectiva do Governo português, estes vistos são determinantes para a internacionalização da Economia e para o desenvolvimento das relações comerciais e empresariais. Trata-se portanto do primeiro tijolo na construção da chamada "Diplomacia Económica" que Paulo Portas quer edificar.
Actualmente existem cerca de sete mil empresas portuguesas registadas em Angola, quase todas PME's, e entre 120 a 140 mil cidadãos portugueses.