Câmara Municipal de Lisboa remove, em média, 20 trotinetas mal estacionadas por dia. Multas aplicadas pela Polícia Municipal e pela EMEL já valeram mais de 70 mil euros aos cofres da autarquia.
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Caídas nos passeios, no meio da estrada e até em cima de árvores, as trotinetas elétricas tornaram-se uma dor de cabeça para quem circula em Lisboa. Depois de invadirem a cidade, em outubro de 2018, os veículos partilhados que prometiam revolucionar a mobilidade urbana começaram a ser largados sem regras na via pública, o que obrigou a Câmara Municipal de Lisboa (CML) a atuar juntos dos operadores.
Apesar do uso cada vez mais frequente deste tipo de veículos, a remoção por estacionamento indevido só começou a ser feita há menos de um ano: primeiro pela Polícia Municipal, em abril de 2019, e há quatro meses pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL).
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Removidas 4.700 trotinetas, 70 mil euros em multas
Questionada pela TSF sobre o número total de multas aplicadas, a CML esclarece que, até dezembro de 2019, foram removidos 4686 veículos: 3984 pela Polícia Municipal e 702 pela EMEL. Na prática, foram removidas, em média, 20 trotinetas mal estacionadas por dia.
Como o valor das contraordenações aplicadas a este tipo de veículos é de 15 euros, significa que foram cobrados aos operadores cerca de 70 mil euros em multas por estacionamento indevido.
Quatro mil trotinetas nas ruas de Lisboa
Se há ano e meio havia apenas uma empresa no mercado, hoje em dia o negócio é disputado por cinco operadores que gerem mais de 4 mil trotinetas partilhadas. Pelas contas da CML, até dezembro de 2019 foram feitas quase três milhões de viagens e percorridos seis milhões de quilómetros.
Questionada pela TSF se pondera reduzir o número destes veículos ou promover alterações no respetivo regulamento, a autarquia esclarece que "reúne de forma regular com todos os operadores, procurando corrigir o que for necessário, admitindo todas as evoluções necessárias aos instrumentos de regulação ao dispor da CML".
O gabinete do vereador da mobilidade, Miguel Gaspar, diz ainda que "a criação de locais para o estacionamento de velocípedes em Lisboa tem sido uma das preocupações do município e tem contribuído para reduzir o impacto do estacionamento indevido na cidade".