Lisboa lança novo apoio à renda a pensar nos profissionais deslocados e sem sorteio
A quarta edição do subsídio ao arrendamento acessível entra em vigor na próxima segunda-feira.
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Professores, enfermeiros e polícias estão entre os profissionais deslocados que, a partir da próxima segunda-feira, podem concorrer ao apoio da câmara de Lisboa ao arrendamento. Na quarta edição do subsídio ao arrendamento acessível, os critérios foram alargados, tal como explica a vereadora Filipa Roseta.
"É um apoio que nós já temos de apoio à renda às pessoas que moram em Lisboa, que têm um contrato de arrendamento em Lisboa, mas agora tem uma alteração substancial. Nós alterámos o regulamento em junho, mesmo antes do verão, para incluir dois tipos de pessoas que não estavam incluídas no interior apoio: pessoas que vêm agora para Lisboa, ou seja, que têm contrato promessa de arrendamento", adianta a vereadora.
Filipa Roseta recorda que "no antigo regulamento, a pessoa tinha que viver em Lisboa nos últimos cinco anos". "Agora, para ter este apoio à renda, pode estar a deslocar-se para Lisboa neste momento, desde que tenha um contrato de promessa de arrendamento", esclarece.
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Os professores beneficiam especialmente de uma outra regra que foi alterada.
"Outra alteração significativa é que pode ter propriedades fora da Área Metropolitana de Lisboa. Antigamente não podia ter propriedade habitacional em nenhum canto do país e agora pode ter propriedade habitacional fora da Área Metropolitana de Lisboa", sublinha.
"Estas duas alterações foram muito desenhadas e pensadas para os professores deslocados, que é uma das grandes carências que temos aqui em Lisboa. São colocados em Lisboa, não conseguem arranjar casa e não tinham acesso ao apoio à renda, porque teriam a sua casa no sítio onde moravam, fosse em Bragança, fosse onde fosse. Depois, não podiam concorrer ao apoio à renda, porque não iam vender a casa original para estar cá há um ano a cumprir um serviço para o qual estavam a ser deslocados", acrescenta.
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A ideia deste novo apoio à renda "é chegar a mais pessoas, mas principalmente aos profissionais deslocados". A vereadora frisa que este novo apoio "continuará a dar para as pessoas que tenham dificuldades em pagar a sua renda e que morem em Lisboa". "A diferença é que não é um sorteio, basta cumprir os critérios e a câmara apoia", refere.
As condições para concorrer continuam as mesmas que eram aplicadas no antigo regulamento: pessoas com rendimentos desde o salário mínimo até aos 2500 euros ou, no caso de um casal, rendimentos até 3200 euros. Além disso, "a renda não pode ser mais do que o limite" estabelecido pela autarquia de Lisboa, ou seja, 900 euros por um T1 ou 1200 euros por um T2, por exemplo. "Se as pessoas estiverem a pagar mais de um terço do seu rendimento em renda, a câmara apoia", garante Filipa Roseta.
Para concorrer a este apoio, basta inscrever-se aqui.