O presidente da autarquia lisboeta diz que há alguns equipamentos já disponíveis. O acolhimento vai ser feito em articulação com o Governo e a Santa Casa. Ainda não se sabe quando.
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"Alojamento temporário, alimentação, cuidados de saúde, acesso à língua, reconhecimento de competências dos trabalhadores" - é o que a autarquia de Lisboa está a preparar, diz o presidente da Câmara, para receber cerca de 750 refugiados.
Fernando Medina diz que "há várias estruturas que podem ser mobilizadas", sublinhando que "a câmara já dispõe de algumas", como "o apoio ao Centro Português para os Refugiados e o apoio a crianças refugiadas, que neste momento dá apoio a cerca de 30 crianças".
A câmara constituiu um fundo de 2 milhões de euros (verbas provenientes do orçamento autárquico) para dar resposta a este problema. Portugal já se disponibilizou para receber cerca de 1500 refugiados. A capital, diz o autarca, tem condições para acolher metade. "Em rigor ainda não está determinado, mas aquilo que se tem apontado é para que Lisboa possa acolher cerca de metade, ou seja, cerca de 750", sugere Medina.
"Tenho a certeza de que Lisboa estará à altura do que é a tradição portuguesa de cuidar da dignidade humana e perceber que estas pessoas enfrentam uma situação única de guerra, de desamparo completo, que lutam pela sua sobrevivência e que nós temos a obrigação humanitária de dar resposta", acredita o presidente da Câmara de Lisboa, que acrescenta: "Apesar das dificuldades que o país sente, estou convicto de que seremos capazes de apoiar aqueles que estão ainda mais necessitados, porque estão despojados de tudo, incluindo alguns da própria esperança de viver".