Lítio: Savanah Resources recusa acusação do autarca de Boticas e garante trabalhos a decorrer na zona definida

O diretor-executivo da Savanah Resources, Emanuel Proença, garantiu esta quarta-feira, em declarações à TSF, que a empresa está a desenvolver os trabalhos, com vista à instalação de uma mina de Lítio em Boticas, dentro da zona previamente definida. 

A garantia surge depois de o presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, ter acusado a empresa de estar a fazer trabalhos fora dos terrenos incluídos na servidão administrativa concedida pelo Governo. 

Emanuel Proença recusou comentar a acusação “feita já centenas de vezes”, referiu, e disse que qualquer “dúvida” foi avaliada e discutida de forma a estar tudo está dentro da lei. 

O diretor-executivo da empresa revelou ainda à TSF que os meios de comunicação locais têm espaços próprios para as pessoas colocarem questões, que têm sido respondidas pela Savanah Resources. 

Temos um jornal que enviamos para cinco mil lares a cada dois meses com informações sobre o projeto. Há uma rádio local que faz um programa com perguntas da comunidade e que respondemos com regularidade. As pessoas da região sabem que estamos altamente abertos ao diálogo.

Além disso, Emanuel Proença referiu ainda que reúne frequentemente com o líder executivo de Boticas e que a empresa está preparada para lidar com estes entraves. Reconhece, no entanto, que preferia não ter de enfrentar os obstáculos. 

Esta quarta-feira o jornal “Negócios” deu conta que a Savannah quer expropriar 472 terrenos em Boticas, uma lista que foi publicada em dezembro em órgãos de comunicação social e fixada em editais localmente.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio no Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável em maio de 2023, integrando um conjunto alargado de condicionantes.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.