Rui Tavares recorda que o Parlamento era um mosteiro e pede que recuperam locais abandonados para apoiar estudantes deslocados.
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Rui Tavares, deputado único do Livre, foi o primeiro a discursar na sessão solene evocativa da aprovação da Constituição de 1822, recordando o grande terramoto de Lisboa. Anos depois, "um terramoto das ideias destruiu o absolutismo".
O historiador evocou as figuras que marcaram a História da Constituição, apelando à necessidade de as recordar como "pessoas reais", e não apenas como nomes de ruas. "Porque estavam eles e elas dispostos a dar a vida pela revolução liberal?", questiona o historiador.
E que Constituições farão "os filhos do futuro" depois da Covid-19 e das alterações climáticas? "Tudo depende da democracia que lhes soubermos preservar".
Aquando a implementação da primeira Constituição, destacou ainda o deputado do Livre, os revolucionários liberais "encheram edifícios velhos de ideias novas", como o Palácio de São Bento, que antes de ser o Parlamento era um mosteiro.
Esse movimento devia repetir-se agora, defende, recuperando os "milhares e milhares de metros quadrados construídos e esvaziados em pleno centro de tantas cidades" para transformar em residências universitárias para alojar os muitos estudantes deslocados que não conseguem encontrar casa.