O líder do Bloco afirmou, esta noite, que os portugueses são «credores da banca alemã» e que Merkel é «uma assaltante» e «refugiada» em Lisboa.
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No seu discurso, no encerramento de um comício internacional promovido pelo partido em Lisboa, o líder bloquista fez várias críticas à chanceler alemã, Angela Merkel, que na próxima segunda-feira visita Portugal.
«Ela está refugiada em São Julião da Barra. O São Julião da Barra é um forte que foi construído para impedir os piratas de entrar no Tejo, quem é que imaginava que os piratas iam para dentro do Forte de São Julião da Barra, alguém imaginava? Se é para isso podia ter mandado um postal ilustrado», ironizou, provocando fortes aplausos das centenas de bloquistas presentes no Pavilhão do Casal Vistoso.
Louçã considerou, no entanto, que «há uma forma simpática de ver as coisas: Enquanto Merkel está presa dentro do forte com Passos Coelho e Paulo Portas, a liberdade está nas ruas de Lisboa, e vamos fazer ouvir essa liberdade, essa é a liberdade da Europa, é a de quem luta por todos».
No seu discurso, o coordenador bloquista apelou também à mobilização das esquerda na greve geral da próxima semana (dia 14).
«Há duzentos anos, quando Napoleão se sagrou imperador, Beethoven decidiu colocar em cima da sua secretária uma imagem de Brutus e rasgou uma dedicatória que tinha feito a Bonaparte da sua sinfonia 'Eroica', hoje podemos perguntar onde estão os 'Beethovens' da Europa, dessa cultura insubmissa, dessa democracia irredutível, quem toma nas suas mãos a resposta, que povo é que se defende?», interrogou Louçã.