O coordenador do Bloco de Esquerda disse que a luta dos trabalhadores da MoveAveiro «é um sinal para o país que tem de se por de pé» para impedir «que se afunde».
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Louçã, apelou à mobilização dos cidadãos, independentemente das suas opções políticas, nas manifestações previstas para sábado em diversos locais, e disse esperar que haja força para convocar uma greve geral.
«Cada um tem a sua ideia, votou como votou, defende os seus, mas temos de estar juntos para não permitir que o País se afunde», declarou.
Segundo o dirigente bloquista, «uma resposta unida de gente de todas as cores é muito importante porque mostra força, que o País está vivo e com capacidade de resposta».
O líder do Bloco de Esquerda lembrou ter acompanhado as greves realizadas pelos trabalhadores da MoveAveiro, a empresa municipal de transportes urbanos, para exigir o pagamento atempado dos salários e enalteceu a manifestação que fizeram quarta-feira pelas ruas da cidade, em protesto contra a supressão «das carreiras mais rentáveis», para serem exploradas por um operador privado, «o que vai levar à dispensa de 30 motoristas que deixam de ser necessários», segundo fonte sindical.
«Quero dar-vos os parabéns. Há um ano havia pouca gente a fazer o que têm feito e poucos se mexiam porque era a "troika" e não havia nada a fazer. Passou um ano e é o País inteiro a reclamar, com o aumento dos impostos e o ministro ainda tem umas coisas na manga», comentou.
Francisco Louçã criticou a redução da taxa social única às empresas e o aumento da contribuição para a segurança social aos trabalhadores, dizendo que «é a primeira vez que se paga um imposto que sai do bolso do trabalhador para o cofre das empresas, o que não se vê» em mais país nenhum.