Na abertura da VII Convenção do BE, Francisco Louçã propôs um fundo nacional de combate à dívida e acusou José Sócrates de não apresentar soluções.
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Apesar de utilizar várias palavras usadas por José Sócrates no mais recente congresso do PS, Francisco Louçã foi contra o secretário-geral socialista, considerando que o apelo ao voto útil tem de ser contrariado.
José Sócrates «pede o voto para atingir o coração do estado social e é em nome do estado social que este BE se levanta», afirmou, acrescentando que «é uma aventura irresponsável atacar os mais pobres».
Acusou ainda José Sócrates de nunca falar sobre as medidas que apresenta, vivendo «escondido atrás dos arbustos» e mostrando ser «irresponsável».
O bloquista retomou a ideia de um fundo nacional de combate à divida, questionado: «Onde está o dinheiro que fugiu à economia?». Prontamente respondeu que esse dinheiro foi para estádios de futebol, grande obras e para alimentar o «estado gordo».
Para alimentar esse fundo, Louçã defende um imposto sobre a especulação urbanística, que «é o núcleo essencial da corrupção em Portugal», um «imposto de um milésimo sobre as operações bolsista» e «um imposto pesado sobre as transferências para zonas fiscais privilegiadas».
O bloquista defendeu que é preciso contrariar o «estado gord»", actualmente dirigido por homens como Daniel Bessa, António Vitorino, Eduardo Catroga, por empresas «que não querem concorrência» e por favorecimento.