O residente da Jerónimo Martins admit que Natal "pode estar este ano condicionado".
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O lucro da Jerónimo Martins recuou 17,8% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2019, para 219 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins refere que as vendas consolidadas subiram 3,9% no período em análise, face aos primeiros nove meses de 2019, para 14,2 mil milhões de euros.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 1,9% para 1.029 milhões de euros.
O presidente da Jerónimo Martins diz estar "consciente" da incerteza face à pandemia e que o Natal, época habitual de subida do consumo, "poderá estar este ano condicionado pelas restrições à mobilidade e falta de capacidade de compra".
"Estou consciente de que a incerteza permanece muito elevada e que o Natal, época tradicionalmente mais forte para o negócio alimentar, poderá estar este ano condicionado pelas restrições à mobilidade e pela falta de confiança e capacidade de compra de um consumidor cada vez mais sensível ao preço, derivado do momento único que se vive a nível mundial", refere Pedro Soares dos Santos, no comunicado dos resultados dos nove primeiros meses do ano.
"Estes nove meses de 2020 ficam marcados por mais de seis meses sob os efeitos da pandemia por covid-19" e, neste período, "o trabalho determinado das nossas equipas e a flexibilidade das nossas operações permitiram-nos sermos ágeis e criativos na adaptação necessária das propostas de valor das nossas insígnias em condições de mercado especialmente complexas", prossegue o gestor, no comunicado.
"Ao longo destes meses, a força do nosso balanço tornou possível que não perdêssemos, na urgência do curto prazo, a perspetiva do longo prazo e que nos mantivéssemos firmes nas prioridades estratégicas definidas. Apesar da dureza dos tempos que vivemos, acredito que estamos hoje mais bem preparados do que há seis meses para lidar com as exigências da realidade de cada mercado e para continuar a crescer de forma sustentável", salientou Pedro Soares dos Santos.
A Jerónimo Martins opera em Portugal, Polónia e Colômbia.