Este valor compara com os 457 milhões de euros que a Galp tinha registado em 2021.
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A Galp registou, em 2022, lucros de 881 milhões de euros, quase o dobro do que obteve no ano anterior, de acordo com um comunicado hoje publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Este valor compara com os 457 milhões de euros que a Galp tinha registado em 2021.
Num vídeo publicado na página da empresa, o presidente da comissão executiva da Galp, Filipe Silva, assume que os resultados do ano passado só não foram melhores devido aos problemas com o acesso ao gás natural.
"2022 foi um ano de operação muito forte. Atingimos a maioria dos nossos objetivos nas nossas quatro unidades de negócio. Tivemos contratempos no acesso ao fornecimento de gás para a Europa e, ao contrário dos nossos concorrentes, a Galp não produz muito gás, por isso, tivemos que recorrer a terceiros, que tinham as suas restrições. Assim enquanto outros tiveram resultados positivos no gás, a Galp aqui perdeu dinheiro, mas isto vai mudar em 2023", explica.
"Tomámos a decisão de desinvestir na exploração de petróleo em Angola e vemos esta como uma oportunidade de aumentar o perfil do nosso portfólio com a produção de barris com baixa intensidade de carbono", acrescenta.
A petrolífera atingiu um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) no ano passado de 3.849 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 66% em termos homólogos, segundo o comunicado.
O 'capex' (investimento) liquido atingiu os 1.266 milhões de euros, tendo sido "sobretudo aplicado em projetos 'upstream', nomeadamente na manutenção [dos projetos de] Bacalhau, Tupi e Iracema, no Brasil, e com a expansão do portfolio de renováveis, incluindo a aquisição da posição na Titan Solar", destaca a informação.
Na comunicação à CMVM a Galp anunciou ainda que este ano vai desinvestir na produção/exploração de petróleo em Angola. A empresa informa ter assinado um acordo com a Sociedade Petrolífera Angolana para uma venda onde espera receber cerca de 830 milhões de euros destes ativos até junho de 2023.