O consultor de comunicação enviou uma carta ao presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, onde não irá. Em esclarecimento adicional à TSF, Luís Bernardo revela que vai ainda processar o antigo diretor da TSF e administrador da GMG Domingos Andrade e o deputado bloquista Pedro Filipe Soares.
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O consultor de comunicação Luís Bernardo vai processar a deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua pelas declarações proferidas sobre o grupo Global Media (GMG), detentor da TSF, JN, DN e Jogo, entre outras publicações, "em defesa do bom nome e reputação".
Numa carta enviada esta terça-feira à Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, a que a TSF teve acesso, o antigo assessor de José Sócrates considera “graves”, “insultuosas” e “sem fundamento” as suspeitas lançadas por Joana Mortágua sobre a GMG, esclarece que não é acionista nem exerce “qualquer função de administrador ou gestor” do grupo e afirma que procederá a "ações cíveis e criminais" em defesa do seu "bom nome e reputação".
Luís Bernardo diz-se “perplexo” e estranha a "forma forçada e artificial” como o seu nome tem sido referido na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto e “com base em pressupostos totalmente falsos e caluniosos para tentar sustentar uma ligação ao administrador Paulo Lima de Carvalho”.
“Apenas e só a empresa de que sou administrador executivo, a WLP foi convidada pela atual Comissão Executiva, no âmbito de uma prestação de serviços de consultoria para apresentar um plano estratégico de futuro para o Grupo num quadro de expansão para novos mercados e oportunidade de projetar as marcas, diferentes multiplataformas e potencial digital da GMG”, esclarece.
Acusa ainda a deputada do BE de "entorse da argumentação" por insinuar uma ligação a José Sócrates que, diz, não existe há mais de uma década.
Joana Mortágua “extrapola suspeitas em termos que considero totalmente inaceitáveis”, escreve.
O consultor de comunicação foi convocado para estar presente na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, mas diz-se indisponível para prestar declarações aos deputados devido a “impossibilidade de agenda”.
Num esclarecimento adicional à TSF, Luís Bernardo revela ainda que vai processar o antigo diretor da TSF e administrador da GMG Domingos Andrade e o deputado bloquista Pedro Filipe Soares que esta segunda-feira assinou um texto de opinião no jornal Diário de Notícias sobre a situação na GMG.
Contactada pela TSF, Joana Mortágua diz não querer, por enquanto, comentar. A deputada do Bloco de Esquerda espera ouvir mais esclarecimentos durante as audições desta terça-feira, na comissão parlamentar em que serão ouvidos Marco Galinha, a ministra do Trabalho Ana Mendes Godinho e o atual CEO da Global Media Group, José Paulo Fafe.
