Luís Neves esteve "sempre confortável e tranquilo" apesar do atraso na recondução como diretor nacional da PJ
À TSF, o diretor nacional da PJ assegura que nada deixou de ser feito e aponta o aumento da celeridade das investigações como uma das prioridades para os próximos três anos
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O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, assegura que sempre se sentiu confortável no cargo, apesar de a sua comissão de serviço ter terminado no passado mês de junho.
Luis Neves foi reconduzido na semana passada. A ministra da justiça adiantou que o "timing não foi por acaso", reiterando que foi o tempo necessário para o respetivo processo de decisão do Governo.
"Não deixamos de fazer o que tinha de ser feito, não deixamos de fazer este ou aquele trabalho, não deixamos de fortalecer determinadas áreas, não deixamos de ter concursos, não deixamos de apresentar resultados. Portanto, isso já tinha sucedido no passado até mais demoradamente, as explicações já estão dadas, são absolutamente amplas e transparentes e por isso nada mudou, nem tinha de mudar, durante este período. A instituição funciona por si mesma, naturalmente, com a nossa atenção e a nossa supervisão, que é essa nossa missão. Estive sempre confortável e tranquilo", garantiu o diretor nacional da PJ, em declarações à TSF.
Luis Neves adianta quais as prioridades para os próximos três anos à frente da PJ.
"Continuar a fortalecer os meios da instituição. Queremos ter investigações mais céleres e mais coisas. É esta a nossa tarefa, é mantermos num período de recuperação da polícia social, sobretudo isto. Depois, naturalmente, há segmentos com uma integração total dos elementos que vêm do ex-SEF, há reforço de equipas que temos. As nossas prioridades são sabidas, são conhecidas, decorrem também da lei de política criminal que é o combate à corrupção e à dinâmica económico-financeira, por um lado. A questão do cibercrime, dos crimes de óleo, terrorismo. Portanto, toda a área de crime organizado. Naturalmente, nós temos prioridades e é para aí que nós vamos alocar esses meios", explica.
O diretor nacional da PJ adianta ainda que pretende melhorar noutros pontos: "Por outro lado, um dos grandes fatores que levava o atraso das investigações mais complexas tinha a ver com a questão das perícias, sobretudo as perícias informáticas digitais, contabilísticas e financeiras, além das perícias que vêm do LPC [Laboratório de Polícia Científica], mas, sobretudo, das perícias informáticas digitais. Como é sabido, há poucos dias inauguramos o nosso laboratório desta área."
