Em comunicado enviado à TSF, a Universidade Lusófona esclarece que dos quatro professores que o Expresso ouviu apenas um terá sido professor de Miguel Relvas nesta instituição.
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No comunicado, a Universidade Lusófona revela que apenas um dos professores citados pelo jornal foi realmente professor do actual ministro.
O docente de Relvas foi António Almeida Tomé, professor de Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais, que em declarações ao Expresso confirma que teve Relvas como aluno apesar de ele ir pouco às aulas.
Pelo que esclarece a universidade os outros professores, citados pelo Expresso, não leccionaram no ano lectivo 2006/2007 as disciplinas em questão ou leccionaram em turmas não frequentadas por Relvas.
No comunicado, a Universidade diz ainda que perante a autorização do ministro para divulgar o processo decidiu revelar os nomes dos professores das quatro cadeiras exigidas ao actual ministro adjunto para se licenciar.
São eles, para além de Almeida Tomé, Manuel Marques dos Santos, Paulo Assunção, e António Santos Neves.
Referindo-se à notícia do Expresso, a universidade Lusófona fala em «insinuações graves» que questionam o processo de avaliação do antigo aluno colocando em causa o funcionamento do curso de Ciência Política e Relações Internacionais da instituição.
Depois da nota da Lusófona, o gabinete do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares negou, em comunicado, a notícia do Expresso, adiantando que Miguel Relvas poderá eventualmente processar judicialmente os responsáveis editoriais do semanário, bem como a autora da notícia e desafia o jornal a «repor a verdade dos factos e pedir desculpas aos seus leitores».
Contactado pela agência Lusa, o diretor do Expresso, Ricardo Costa, afirmou que o ministro Miguel Relvas pode processar o jornal, sublinhando que é «um processo que o Expresso ganha com um advogado oficioso».
Ricardo Costa disse também que «a mesma universidade que hoje resolve divulgar os nomes dos professores, até ontem dizia por escrito a toda a gente que o nome dos professores era uma questão do foro privado da universidade».
«Se alguém escondeu informação e não ajudou a esclarecer rigorosamente nada neste caso foi a universidade e o próprio ministro», afirmou, adiantando ainda que o processo é hoje divulgado «graças à investigação do Expresso».
Notícia atualizada às 17:20