Um grupo de investigação analisou o impacto do luto e posterior stress traumático no trabalho.
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O grupo de investigação de Trauma e Luto do Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde analisou casos de trabalhadores de empresas e instituições e concluiu que o luto e posterior stress traumático têm consequências diretas no contexto de trabalho.
José Carlos Rocha, professor e coordenador deste estudo, revela que o sofrimento prolongado provocado por um processo de luto implica uma redução de 20% na produtividade do trabalho e uma perda de 2 a 3% dos recursos humanos.
  
A investigação analisou o absentismo, mas também o presentismo - "significa estar presente no trabalho mas não ter a mesma disponibilidade e capacidade para produzir e realizar atividades de forma ativa", explica o coordenador.
O estudo mostra que as cerca 15% da população tem luto prolongado. Nestes casos, verifica-se que têm menos 20% de capacidade de produtividade, quase exclusivamente na base do presentismo.
José Carlos Rocha lembra que cada pessoa sofre cerca de 40 perdas significativas ao longo da vida e considera que atualmente há uma maior sensibilização para o impacto do luto.
Para o investigador, é possível atenuar algum deste impacto. A clínica universitária da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) tem desenvolvido ações para treinar as empresas e os responsáveis dos recursos humanos para uma maior sensibilização nos casos de luto dos trabalhadores.