Mulher de 22 anos está indiciada por tentativa de homicídio qualificado.
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A mulher de 22 anos que abandonou o filho recém-nascido num caixote do lixo em Lisboa vive na rua e escondeu a gravidez.
Em conferência de imprensa esta manhã, a PJ revelou que a mãe do bebé "vive em condições muito precárias na via pública e não contou a ninguém que estava grávida.
Paulo Rebelo, representante da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária, referiu ainda que o parto ocorreu na rua, nas imediações do local onde o bebé foi encontrado. Estava sozinha quando colocou o bebé no contentor onde seria encontrado.
A mulher não apresentava indício de abuso de álcool ou drogas quando foi detida e não tem antecedentes judiciais e criminais. Estava consciente e não resistiu à detenção.
A PJ não adiantou a nacionalidade da detida ou a identidade do pai, nem refere se já foram contactados familiares.
A suspeita vai ser presente a primeiro interrogatório judicial, no qual será sujeita à aplicação das medidas de coação processual adequadas. Incorre no crime de exposição ao abandono de menor ou de infanticídio, dependendo da motivação do abandono.
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Esta sexta-feira a PJ avançou que a mulher foi detida "por fortes indícios da prática de homicídio qualificado, na forma tentada, vitimando uma criança do sexo masculino, recém-nascido, seu filho".
O caso remonta a terça-feira, quando o bebé foi encontrado por uma pessoa sem-abrigo no interior de um contentor junto a uma discoteca na Avenida Infante D. Henrique, em Santa Apolónia.
Segundo o comissário André Serra, do comando metropolitano de Lisboa da PSP, o recém-nascido "estava sem qualquer tipo de proteção, sem roupa ou agasalho" e aparentava não ter recebido "qualquer tipo de assistência médica" durante o parto.
Uma pessoa sem-abrigo ouviu um barulho proveniente de um caixote do lixo, espreitou para dentro do contentor e descobriu o bebé, tendo sido ajudada por outra pessoa que estava a passar e assistiu a tudo.
O bebé foi transportado para a urgência de pediatria do Hospital Dona Estefânia, onde recebeu "cuidados quase mínimos" e depois transferido para a Maternidade Alfredo da Costa. É saudável e pode ter alta já esta sexta-feira.
Esta quinta-feira o responsável pela unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital Dona Estefânia, Daniel Virella, explicou que "clinicamente não há nada que impede" a alta do bebé, mas esta depende da decisão do Estado para o acolher, nomeadamente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
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