Fica em prisão preventiva a mulher que foi vista a sair do Tejo, na segunda-feira à noite, admitindo que as filhas estavam na água. Uma das crianças morreu, a outra continua desaparecida. A decisão do Tribunal de Cascais surge após o primeiro interrogatório judicial.
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A decisão do Tribunal de Cascais foi lida por um funcionário judicial à porta da instituição: "os autos indiciam suficientemente a prática de dois crimes de homicídio qualificado. Isto não obstante o corpo da menor ainda não ter sido encontrado até ao momento".
A mulher, de 37 anos, é suspeita de dois crimes de homicídio cometidos ao início da noite da passada segunda-feira.
Horas antes, em comunicado, a PJ informou que "em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo Ministério Público, procedeu à detenção de uma mulher, com 37 anos de idade, por fortes indícios da prática de dois crimes de homicídio".
A Judiciária escreve que "os factos foram praticados no concelho de Oeiras", na "passada segunda-feira, ao início da noite, numa praia do concelho de Oeiras".
A mulher será ouvida ainda hoje em tribunal, para eventual aplicação de medidas de coação.
Esta quarta-feira prosseguem, pelo segundo dia consecutivo, as buscas por uma criança de 4 anos que continua desaparecida. Na segunda-feira à noite, a mulher foi vista a sair da água, alertando pouco depois para a existência de duas crianças no rio.
O corpo da mais pequena, com 19 meses, viria a ser descoberto pouco depois. A outra continua desaparecida.
A Procuradoria-Geral da República confirmou na terça-feira a abertura de um inquérito e também a ligação desta caso a uma denúncia de situações de violência doméstica e abuso sexual de menores relacionada com esta família. As queixas foram feitas à PSP em novembro do ano passado e foram também motivo de um inquérito criminal.