MAI antecipa dia difícil em Celorico e Oliveira de Frades. Há quase mil operacionais nos fogos
Apesar de reservar algum otimismo quanto à resolução dos dois incêndios ainda esta terça-feira, Eduardo Cabrita situa-os num "contexto bastante difícil".
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Eduardo Cabrita garante que nos incêndios que esta terça-feira mais preocupam a Autoridade Nacional de Proteção Civil está envolvido "um grande empenho de operacionais", com oito centenas em Oliveira de Frades - o fogo mais inspira maior preocupação - e reforço de meios no terreno e mais de 120 em Celorico de Basto. As chamas estão a atacar com mais severidade a região de Sever do Vouga, avaliou o ministro da Administração Interna.
Apesar de admitir ter algum otimismo quanto à resolução dos dois incêndios ainda esta terça-feira, Eduardo Cabrita situa-os num "contexto bastante difícil".
O ministro da Administração Interna aproveitou também para alertar para a importância do comportamento humano, em comparação com as condições ambientais, já que "cerca de um terço" dos fogos deve-se à ação indevida do ser humano e 23% têm mesmo uma causa intencional.
O governante congratulou ainda a articulação "muito estreita" com a GNR e a PJ, que tem resultado em detenções de presumíveis incendiários, e destacou as prisões preventivas ou colocação em prisão domiciliária aplicadas nestes últimos casos.
Para este dia, o ministro da Administração Interna antecipa condições "muito difíceis", informação confirmada pela Proteção Civil, que salienta uma frente ativa "muito forte" a requerer metade dos operacionais envolvidos no combate ao fogo em Oliveira de Frades.
O dia vai ser "muito complicado", devido às condições atmosféricas, pelo que será necessário controlar a velocidade do vento a partir da parte da tarde, reforça a Proteção Civil. "Antevemos que durante o dia, até à uma da tarde, terem as condições muito difíceis."
Pode ainda restar "muito trabalho até ao entrar da noite", vinca a autoridade nacional, que deixa um aviso: "O uso do fogo não é uma opção e não pode ser tolerado. O fogo mata, como ontem acabou por matar um operacional."