MAI estará a negociar benefícios sociais para forças de segurança. Sindicatos pedem aumentos salariais
Melhores condições para acesso à habitação e uso de cantinas municipais entre as medidas em análise.
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O Ministério da Administração Interna está a negociar com as áreas metropolitanas apoios que podem significar mais rendimento para os polícias, adianta o Público. Ter vantagens no acesso à habitação, assim como acesso a equipamentos desportivos gratuitos e aos refeitórios municipais nas mesmas condições que os funcionários das câmaras serão alguns dos benefícios sociais em cima da mesa para os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e para os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR).
O jornal adianta que o pacote de medidas proposto pelo Ministério da Administração Interna está a ser avaliado e negociado com os municípios em reuniões com as áreas metropolitanas, não tendo ainda os protocolos sido formalizados.
O objetivo do ministério de José Luís Carneiro será garantir condições sociais aos profissionais das forças de segurança, particularmente àqueles que estão em início de carreira.
Os sindicatos ouvidos pelo Público consideram, no entanto, que o esforço para atrair mais jovens para a polícia - que, lembram, na última década, perdeu cerca de mil efetivos e, nos cursos abertos recentemente, não conseguiu preencher todas as vagas disponíveis - não pode seguir apenas esta via.
A Associação Sindical dos Profissionais das Polícias (ASPP) defende que a dignificação profissional não se faz com este tipo de apoios, considerando que o avanço nas políticas sociais é importante, mas que não pode servir de argumento para travar o aumentar dos salários dos polícias.
Em declarações à TSF, o representante da ASPP, Paulo Santos, afirma que caso não o Governo não se mostre disponível para negociar uma melhoria dos salários e das condições de trabalho em setembro ou outubro os polícias terão de dar "um sinal mais contundente", com novas formas de luta.
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Os policias sentem que o ministro da Administração Interna está refém da politica do Governo e é por isso que as respostas de José Luís carneiro não têm ido muito mais longe.
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Também o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) afirma não ser contra os apoios, mas sublinha que a solução para as forças de segurança não pode passar apenas por aí.
Notícia atualizada às 11h23