É uma tartaruga-de-couro, a espécie de réptil mais rápida do Planeta, que pode nadar a 35 quilómetros por hora e mergulhar a 1200 metros de profundidade. Está ferida e a ser reabilitada.
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A tartaruga-de-couro foi encontrada a bater nas rochas na praia da Cordoama, em Vila do Bispo. Estava viva mas em muito mau estado. "Com muitos ferimentos na cabeça e com muitas, muitas dezenas de ferimentos nas barbatanas e também na carapaça", revela Élio Vicente, diretor do Centro de Reabilitação do Zoomarine.
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Aquele Parque Aquático tem agora dois desafios. Tentar que o animal, através das feridas, não faça uma septicemia e também encontrar a comida certa para o animal, já que esta tartaruga se alimenta de medusas. O réptil já está a ser medicado com antibióticos, mas os próximos dias serão determinantes.
Esta espécie de tartaruga é a maior do mundo e há registos de alguns exemplares chegarem aos 700 ou 900 quilos. A tartaruga encontrada tem cerca de 200 quilos, o que leva os biólogos marinhos a pensarem que será ainda jovem.
Está parcialmente cega, o que poderá ter sido determinante para a sua aproximação da costa. "E, por isso, esteve nas rochas porque não conseguia perceber onde estava", diz Élio Vicente. Os biólogos colocam ainda outra hipótese, a de que os ferimentos possam ter origem num embate numa embarcação.
A tartaruga-de-couro é um animal único, de cor escura e que se diferencia em muito das restantes espécies de tartarugas que estamos habituados a ver. "Tem uma pele muito suave, o seu corpo tem a forma de uma gota de água e tem sete quilhas ao longo da carapaça". Caso sobreviva, a tartaruga será devolvida ao meio selvagem.