Presidente do Santander diz que maioria absoluta deve apostar em baixar a dívida pública
Um governo apoiado por uma maioria absoluta no parlamento tem a faca e o queijo na mão para reduzir o nível de endividamento, defende o presidente executivo do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida.
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Para Pedro Castro e Almeida, o primeiro-ministro António Costa vai ter mais liberdade de execução das políticas que incentivem o crescimento económico.
Deve continuar "uma política de consolidação orçamental e se chegarmos daqui a 3 anos com 115% ou 117% de dívida pública acho que devemos ter um problema", argumenta.
Questionado, esta quarta-feira, pelos jornalistas sobre o novo quadro político saído das eleições deste domingo, Pedro Castro e Almeida encara que "temos uma oportunidade de curto prazo de baixarmos esta perceção de risco" da dívida pública que na atualidade ultrapassa os 127% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Outro ponto destacado pelo presidente executivo do Santander em Portugal, durante a apresentação dos resultados do banco em 2021, em relação ao novo Governo, passa pela entrada nos cofres do Estado de 60 mil milhões de euros em fundos comunitários e com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"O Estado tem que ser um facilitador, tem que ser menos burocrático e tem que ter ao nível da justiça ou dos licenciamentos uma oportunidade para mudar", assume Pedro Castro e Almeida.
Por outro lado, de acordo com o presidente do Santander Totta, António Costa vai ter mais facilidade para formar governo com ministros talentosos porque "provavelmente há muitas pessoas que não iriam para um governo mais de combate ou mais político; e há independentes que numa perspetiva de um governo a quatro anos onde poderão executar um plano, a atração de talento é uma grande vantagem", conclui.