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O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que as bancadas da maioria pretendem alterar a proposta de OE/2014 para «aliviar o esforço sobretudo de quem tem rendimentos mais baixos».
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«Onde for possível aliviar o esforço sobretudo de quem tem rendimentos mais baixos, seja ao nível, por exemplo, da convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações com o regime da Segurança Social, seja ao nível das reduções salariais que estão previstas, tudo aquilo que pudermos fazer para encontrar alternativas, seja do lado da diminuição da despesa, seja do lado de algumas receitas que possam configurar um contributo maior de alguns setores que tenham ainda essa margem para contribuir, serão melhorias que poderemos introduzir na proposta [de Orçamento do Estado]», declarou o líder parlamentar do PSD.
Luís Montenegro falava na sessão de abertura das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, que vão realizar-se entre hoje e terça-feira na Assembleia da República, com intervenções de todos os ministros do Governo e do primeiro-ministro, e que têm como temas "Economia e Justiça Social".
Numa entrevista publicada na edição de hoje do jornal Público, o líder parlamentar do PSD aponta como objetivo «encontrar alternativas» para que o limite a partir do qual se aplicam os cortes nas pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações «possa ser superior aos 419 euros que estão previstos».
No seu entender, «uma passagem para um valor superior a 500 euros, entre os 500 e os 600, já é significativo».
Quanto à fasquia a partir da qual são propostos cortes nos salários dos funcionários públicos, Luís Montenegro considera que se passar de 600 euros para 700 euros haverá «vários milhares de funcionários públicos que serão atingidos [aliviados], e que são os que têm os rendimentos mais baixos».