"Mais acolhedora." Sala de espera do IPO de Lisboa transformada graças a “sonho” de utente
Por iniciativa de uma utente, espaço recebeu obras profundas para aumentar o conforto das cerca de duas centenas de pessoas que diariamente lá passam
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Ana Margarida Canhão tem 53 anos e lida há dez com uma doença oncológica. Por ter “uma gratidão imensa” pelo IPO Lisboa, quis promover uma reformulação na sala de espera que recebe cerca de 200 pessoas por dia.
As primeiras palavras de Ana Margarida Canhão são perentórias: “Eu devo a vida ao IPO Lisboa.” É por aí que faz questão de começar a conversa com a TSF.
A utente, que conhece os corredores do instituto há dez anos, considera que “faltava um espaço mais acolhedor, menos triste e com mais conforto” naquele local.
Por lá ter estado tanto tempo e ter contactado com tantos médicos e doentes, “foi a gratidão” que a levou criar uma onda solidária que culminou num “sonho” agora concretizado.
“As paredes eram brancos e a pintura já era bastante antiga, o chão era muito bonito de madeira, mas já estava muito escuro”, descreve, em declarações à TSF, reiterando: “Era uma sala muito, muito triste.”
A mudança, segundo Ana Margarida Canhão, foi total. “Pintámos as paredes, mudámos as luminárias, o chão ficou lindíssimo, ficou claro, foi envernizado, colocámos plantas artificiais, alterámos o mobiliário todo, colocámos uns sofás muito confortáveis”, conta.
Para cumprir o sonho, 23 empresas ajudaram nas obras de remodelação. O trabalho foi partilhado com os 40 voluntários, que puseram mãos à obra durante “feriados, fins de semana e noites”. Tudo para que a renovação não incomodasse o normal funcionamento do IPO.
No final, o balanço é mais do que positivo. “O ambiente que tivemos aqui, que deixamos em cada tarefa, foi algo que fica para a vida. Sempre que falávamos com os parceiros, todos diziam 'esta foi a experiência mais gratificante que tivemos na vida'”, revela.
