Mais de 120 enfermeiros subscrevem participação contra bastonária Ana Rita Cavaco
A primeira participação entregue foi subscrita por 17 profissionais e a este grupo juntam-se, agora, outros 106.
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São já 123 os enfermeiros que subscrevem a participação ao conselho jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros exigindo a abertura de um processo disciplinar contra a bastonária Ana Rita Cavaco.
A primeira participação entregue foi subscrita por 17 profissionais e a este grupo juntam-se, agora, outros 106. A nova lista já foi enviada ao conselho jurisdicional e, depois de enviada, já surgiram mais profissionais que querem juntar-se à participação, adiantou à TSF o primeiro subscritor da participação, Manuel Lopes.
Este enfermeiro, professor na Escola Superior de Enfermagem São João de Deus da Universidade de Évora, adianta que o processo está em curso e, se o silêncio do conselho se mantiver, tencionam agir.
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Na conversa com a TSF, Manuel Lopes afirma que até agora não obtiveram qualquer resposta do conselho jurisdicional.
"Se esse silêncio significa que estão calmamente a analisar as medidas que devem ser tomadas, se significa que estão a agir de acordo com os mesmos princípios que servem o poder jurídico, então esse silêncio não podia se mais bem-vindo, ou seja, agir no silêncio, com isenção, com objetividade, mas agir. Se o silêncio significar inação ou outra coisa qualquer que nos leva a uma situação em nada é feito, então é preocupante", sustenta.
As declarações da bastonária na rede social Twitter, incluindo as que Ana Rita Cavaco fez contra a presidente da câmara de Portimão, foram consideradas inaceitáveis, principalmente vindas de quem ocupa um cargo numa instituição como a Ordem dos Enfermeiros.
Manuel Lopes afirma que "não é aceitável em circunstância alguma que o insulto, a intimidação, o palavrão seja usado na relação seja com quem for. Nem com membros da Ordem e muito menos com pessoas exteriores à Ordem".
"O que se tem verificado é que sistematicamente se faz uso deste tipo de linguagem referindo-se a um conjunto enorme de pessoas", remata.