Estudos internacionais mostram que as pessoas que andam enquanto falam ao telemóvel se tornam mais imprevisíveis e apresentam comportamentos de risco.
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Mais de 15% dos peões em Lisboa atravessam as estradas distraídos com o telemóvel, conclui um estudo observacional da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), divulgado nesta quinta-feira.
O estudo, realizado entre os dias 10 e 23 de janeiro em Lisboa, observou o comportamento de 5223 pessoas durante a travessia da via em passagens de peões sinalizadas e com semáforos. As distrações observadas incluem peões a falar com o telemóvel na mão (5,7%), a manusear o telemóvel (4,8%) e a usar auriculares/auscultadores (5,9%).
A PRP conclui que 15,6% estavam envolvidos em pelo menos uma das três atividades. Segundo o estudo, 28,5% dos peões tinha até 30 anos, 17,3% tinha entre 30 e 60 anos e 2,7% mais de 60 anos.
Os dados da sinistralidade no concelho de Lisboa mostram que entre 2010 a 2015 mais de metade (54%) das vítimas mortais de acidentes rodoviários eram peões.
Lisboa acompanha a tendência europeia de acordo com um estudo realizado pela DEKRA Accident Research (2016) em seis capitais europeias.
Estocolmo é a capital europeia com o maior índice de utilização do telemóvel (23,55%), seguida por Lisboa (15,6%), Berlim (14,9%), Paris (14,53%) e Bruxelas (14,12%), com Amsterdão como cidade com menor índice (8,2%).