Mais de 2 milhões de euros furtados por carteiristas em Lisboa no ano passado
A polícia recebeu mais de 5700 queixas por furtos de carteiristas cometidos em Lisboa, durante 2013. Só os autocarros e os elétricos da Carris registaram mais de 1600 furtos por carteiristas, sendo os transportes públicos de Lisboa com mais ocorrências deste tipo.
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São mais de 5700 as queixas de furtos por carteiristas que a PSP recebeu durante o ano de 2013, na cidade de Lisboa, segundo um relatório policial divulgado pela agência Lusa.
Os autocarros e os elétricos da Carris, principalmente os elétricos 15 e 28, são os transportes preferidos pelos carteiristas seguidos do Metro e dos comboios da CP.
Depois dos transportes públicos, os locais preferidos dos carteiristas são a via pública, lojas e estabelecimentos de restauração. 70% das queixas registam-se na baixa da cidade de Lisboa.
A PSP adianta que «o valor dos bens subtraídos e declarados por parte das vítimas em 5779 crimes ascende os 2.042.354,90 euros» mas lembra que existe «uma cifra negra em relação ao valor declarado e o valor real dos bens subtraídos».
«Por vezes, as vítimas não atribuem valor aos objetos subtraídos», refere um relatório da Divisão de Investigação Criminal de Lisboa, datado de 22 de julho.
Junho e agosto foram os meses com mais furtos, mais de 600 em cada mês, enquanto que janeiro e fevereiro foram os meses em que se registaram menos roubos, com cerca de 600 furtos nos dois meses.
Os roubos aconteceram em maior número durante o periodo da tarde, sobretudo ao sábado o dia da semana de maior atividade carteirista.
As vitimas de nacionalidade estrangeira foram os alvos preferidos dos carteiristas ao longo de 2013 à exceção dos dois primeiros meses do ano em que houve mais vitimas de nacionalidade portuguesa.
Numa análise particular sobre as vítimas de nacionalidade portuguesa, as mulheres são o «alvo preferido dos carteiristas», representando o dobro relativamente aos homens portugueses.
Em relação às vítimas estrangeiras, não há uma grande diferença entre homens e mulheres. Março é a exceção, mês em que houve uma elevada discrepância: 96 homens e 166 mulheres vítimas de furto.
Os dados demonstram ainda que as vítimas têm idade igual ou superior a 21 anos, sendo a faixa etária entre os 51 e os 65 anos, a que se destaca ligeiramente em relação às restantes.