A 31 de dezembro a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) já tinha inscritos para votar 2244 reclusos.
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De acordo com a DGRSP o número tem vindo sempre a aumentar nas últimas eleições realizadas em Portugal. Se nas eleições legislativas de 2015 a percentagem daqueles que votaram nas prisões rondou os 9%, em 2019 o número subiu quase aos 24%.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) dá conta desse aumento."Nas eleições de 2015 para a Assembleia da República (AR) foram 764, aumentou para 1126 há 5 anos nas eleições para o Presidente da República e nas últimas para a AR subiu para 2202", revela João Tiago Machado.
Esta segunda-feira terminou o prazo para que as pessoas detidas em estabelecimentos prisionais ou doentes internados pudessem inscrever-se para votar.
A CNE divulga sempre junto das prisões um folheto informativo e a própria Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais escreveu aos reclusos apelando à participação cívica no voto. De acordo com esclarecimentos prestados à TSF por esta Direção, também foi pedido aos técnicos educadores e aos professores colocados pelo Ministério da Educação no interior das prisões que desenvolvessem atividades apelando ao dever de todos na participação política.
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Estas eleições vão ser também as primeiras a ter pessoas em confinamento no seu domicílio devido à Covid-19. Mas todos poderão votar desde que se inscrevam no site do Ministério da Administração Interna entre dias 14 e 17 deste mês. Em alternativa podem pedir a alguém que se desloque à sua Junta de freguesia com uma procuração.
"Basta uma declaração das entidades de saúde, dizendo que está confinado, emitida com 10 dias de antecedência e o seu voto será recolhido 4 a 5 dias antes das eleições", afirma João Tiago Machado. O boletim de voto será recolhido em casa, por um representante da Câmara Municipal da sua localidade de residência.
Também quem estiver em mobilidade pelo país poderá votar no local onde se encontrar no dia 24, dia das eleições, desde que se inscreva entre os dias 10 e 14 de janeiro no site do Ministério da Administração Interna e indique o sítio onde vai estar.