Segundo o MAI, estes ainda não são números finais, dado que ainda falta contabilizar as inscrições por correio.
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Mais de 246 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em quatro dias, adianta o Ministério da Administração Interna (MAI).
Até às 23h59 de quinta-feira, prazo final para o voto antecipado, inscreveram-se 246.876 eleitores.
Em tempos de pandemia de Covid-19 e numa altura em que se espera novo confinamento geral, batem-se diariamente recordes na inscrição para o voto antecipado.
Nas últimas legislativas, em 2019, 50.638 eleitores votaram antecipadamente, tendo-se inscrito 56.287.
O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no Parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições europeias e legislativas de 2019.
Os portugueses que não podem votar nas presidenciais no dia 24 de janeiro podiam pedir, até às 24h00 de quinta-feira, para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.
O pedido era feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no "site" www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.
No dia 17 de janeiro, o eleitor vota na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pela Assembleia da República.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).