A Maternidade Alfredo da Costa já identificou mais de 300 crianças em situação de risco em 2012, uma informação que surge no dia em que a instituição cumpre 80 anos de existência.
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A responsável pelos serviços sociais da Maternidade Alfredo da Costa lembra que o número de crianças em risco aumentou muito, tendo já sido identificados cerca de 300 casos em 2012 contra 462 em 2011.
Ouvida pela TSF, Fátima Xarepe indicou que os fatores definidos por lei para a identificação deste tipo de casos estão relacionados com «desemprego, violência doméstica, adições, gravidez precoce e mulheres migrantes ilegais».
«As grandes carências como a pobreza, mulheres que já tenham tido filhos retirados ou com medidas aplicadas por comissões ou tribunais» também entram dentro dos fatores de risco.
Esta responsável adiantou ainda que quando entrou na maternidade há 27 anos havia até 15 casos de consentimento para a adoção por ano, número que desceu para dois ou três casos anuais.
«Temos um número muito grande de desempregadas este ano e de pessoas que nos vêm pedir apoio, mas não podemos fazer um efeito de causa direto com o número de crianças em risco», explicou.
Para Fátima Xarepe, a «situação de carência da pessoa isoladamente não quer dizer que vá pôr em risco aquela criança, mas é de estar alerta, porque aquela criança pode vir a ter privações».
Em 2012, nesta maternidade, que cumpre esta quarta-feira 80 anos de existência, já nasceram mais de 4200 bebés.