No último ano, as dormidas de turistas em Portugal através da plataforma de reserva de alojamento online causaram um impacto de 2 mil milhões de euros na economia portuguesa.
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Mais de 3,4 milhões de turistas que visitaram Portugal no ano de 2018 ficaram instalados em alojamento da Airbnb. A empresa norte-americana assegura que estas visitas terão tido um impacto na economia portuguesa na ordem dos 2 mil milhões de euros, ou seja, o equivalente a 1% do PIB.
Estas são as conclusões de um inquérito feito pela Airbnb a cerca de 12 mil utilizadores da plataforma online para reserva de alojamento e da análise de dados recolhidos pela empresa.
De acordo com a Airbnb, os viajantes e os anfitriões que utilizaram a plataforma geraram um impacto económico 100 mil milhões de dólares (86 mil milhões de euros) a nível global, só no último ano.
E Portugal está mesmo entre os países em que a utilização da Airbnb teve maior impacto económico: ocupa o 10.º lugar do ranking. Em média, cada um dos 3,4 milhões turistas que ficaram alojados em espaços da Airbnb gastou 115 euros por dia.
A lista dos países em que a Airbnb teve maior impacto económico é liderada pelos Estados Unidos da América (33.800 milhões de dólares), seguidos pela França (10.800 milhões) e por Espanha (6.900 milhões).
Em comunicado, a empresa norte-americana para aluguer e reserva de alojamento online sublinha que os anfitriões ficam com 97% do preço fixado por eles próprios, ao partilharem os seus imóveis na plataforma.
Poupar no alojamento, gastar na cidade
"Desde que a Airbnb foi fundada, [os anfitriões] receberam mais de 65 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) em todo o mundo", lê-se no comunicado
Em Portugal, 52% dos hóspedes que se alojaram através da Airbnb afirmaram que gastaram o dinheiro que pouparam com o alojamento nas cidades e bairros que visitam - e, em média, ficam mais cinco dias no destino escolhido, quando optam por esta forma de alojamento.
Segundo os dados recolhidos pela empresa norte-americana, 84% dos anfitriões de casas da Airbnb são os proprietários dos imóveis e 60% dos anfitriões portugueses afirmam que partilhar o imóvel lhes permitiu poderem viver nas suas casas.
Outro dado curioso apresentado no estudo feito pela empresa é que 40% dos proprietários de imóveis registados na Airbnb afirmam terem-se tornado anfitriões por causa da realização de um evento desportivo no seu país e outros 28% devido à celebração de um evento cultural.
A Airbnb nasceu em 2008, e já conta com mais de 6 milhões de espaços para alojamento em quase 100 mil cidades de 191 países.