"Mais de 95% dos produtores" afetados em Mogadouro não terão seguro de colheitas
Confederação dos Agricultores de Portugal explica que o seguro é mais comum entre produtores de vinha. As colheitas afetas são sobretudo de amêndoa e azeitona.
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A Confederação dos Agricultores de Portugal acredita que "mais de 95%" dos agricultores afetados pela queda de granizo, este sábado, em Mogadouro, não terá seguro de colheitas.
Num comunicado emitido esta tarde, a tutela garantia que este seguro está "disponível para todos os agricultores" e tem como objetivo proteger os agricultores e os seus rendimentos de "aleatoriedades climatéricas como a queda de granizo que hoje afetou a região de Mogadouro".
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Ouvido pela TSF, o vice-presidente da CAP, Abreu Lima explica que esse seguro é mais comum entre os produtores de vinha. Neste momento, o seguro está "generalizado" e conta até "com algumas condições de acessibilidade financeira para os produtores de uvas".
Já para os casos do olival e da amendoeira, "a situação não se coloca com essa facilidade". Por isto, seguramente "mais de 95% dos produtores penalizados por esta intempérie não estão cobertos pelo seguro". Há, no entanto, uma exceção: "A não ser que isto seja considerado uma catástrofe. A partir daí há situações de intervenção do Estado próprias, mesmo sem recurso às situações de seguro. Falta avaliar se aquilo que se passou pode justificar a declarações de calamidade."
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O dirigente da CAP explica que, neste caso, as culturas mais afetadas são "olival e amêndoa". Assim, há "percas integrais ou praticamente integrais dos frutos" e danos nas árvores "que podem comprometer as suas produções em anos futuros".
Neste momento "não há cálculo" da área afetada pela queda de granizo, mas Abreu Lima adianta desde já que essa área é "bastante vasta".