O novo Barómetro da Deco Proteste revela que a pandemia veio evidenciar as desigualdades sociais já vividas. Duas em três famílias portuguesas enfrentam dificuldades para suportar os custos inerentes ao dia-a-dia.
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Em 2020, a pandemia arrastou grande parte das famílias para o seu limite financeiro. Segundo a Deco, apenas algumas ajudas do Estado como o lay-off ou as moratórias permitiram deixar o país "ligado à máquina". Uma respiração que está a ser difícil."
Cerca de 52% das famílias perderam rendimento e dessas 27% perdeu mais de 1/4 desse rendimento", revela Bruno Santos à TSF. O responsável pela Deco Proteste explica que apenas 31% dos agregados familiares se situa na situação de "conforto financeiro", que se resume apenas à possibilidade de pagar as contas correntes.
Neste inquérito, que envolveu 4690 agregados familiares de todo o país, há regiões particularmente fustigadas pela pandemia." No Algarve cerca de 63% das famílias dizem-nos que vivem em situação de dificuldade económica e 8% dizem mesmo que vivem numa situação crítica", conta. O impacto da paragem do setor do turismo foi o responsável por esta situação. Aqui, as despesas com a habitação são as mais difíceis de debelar (53%).
Se a avaliação for feita por distrito os dados alteram-se um pouco."São cinco distritos do Norte e Centro do País que têm famílias com maiores dificuldades. Vila Real, Aveiro, Setúbal, Leiria e Porto, num intervalo entre 67 e 82% são as famílias que enfrentam graves dificuldades financeiras", conclui.
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