A UGT demarcou-se, mas mais de metade dos sindicatos que lhe são afetos vai participar na greve geral da próxima quarta-feira promovida pela CGTP.
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Mais de metade dos cerca de 50 sindicatos da UGT vai participar na greve geral da próxima quarta-feira. A União Geral de Trabalhadores não aderiu de forma oficial ao protesto da CGTP, convocado contra o agravamento das políticas de austeridade.
A UGT demarcou-se da paralisação por considerar que ela decorre de motivações político-partidárias, mas 30 sindicatos da UGT vão envolver-se na greve geral, muitos apresentaram diretamente o pré-aviso, outros estão abrangidos pela greve que isoladamente foi decretada por várias federações.
Só na Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) são pelo menos oito os sindicatos afetos à UGT que estão abrangidos pelo pré-aviso de greve desta federação.
Para além destes casos, existem perto de 20 sindicatos da UGT que vão participar na paralisação da próxima quarta-feira, de forma autónoma ou através da respetiva federação.
Os mais recentes são cinco sindicatos dos bancários e trabalhadores dos seguros. Na área dos transportes, várias organizações da UGT também já apresentaram pré-aviso de greve.
Entre elas, quatro sindicatos do sector dos comboios, dois do metropolitano, três da aviação e um dois do transporte marítimo.
A paralisação estende-se aos sectores industrial, comércio e serviços, técnicos da área da saúde, bem como ao Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
Ao todo, entre pré-avisos apresentados diretamente pelos sindicatos ou pelas federações que os representam, são quase 30 os sindicatos da UGT envolvidos nesta greve.
Entre as estruturas da UGT que vão protestar na próxima quarta-feira, ao abrigo de um pré-aviso apresentado pela respetiva federação, está o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores.
Carlos Chagas, o secretario-geral, diz que não apresentaram de forma autónoma um pré-aviso porque querem dar liberdade aos trabalhadores de aderirem ou não ao protesto. O dirigente diz que muitos só não faltaram ao trabalho porque não podem perder um dia de salário.
Para além dos sindicatos da UGT que já anunciaram o envolvimento na greve geral, a estes e às estruturas afetas à CGTP há ainda que juntar dezenas de sindicatos independentes das duas centrais que já apresentaram pré-avisos.