O projeto de loteamento industrial não avançará e em seu lugar será construída uma zona verde urbana.
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Depois de muitas negociações o Fundo Ambiental avançou com três milhões e 670 mil euros para que o sítio de Alagoas Brancas, no Município de Lagoa, não se tornasse uma zona comercial.
Ao longo dos anos, e sobretudo nos últimos tempos, foi muita a contestação por parte de Associações ambientalistas perante um projeto de loteamento industrial pensado para aquela zona de nove hectares e previsto no Plano Diretor Municipal. As Associações alegavam que estava em causa uma zona húmida, com muitas espécies de fauna e flora que ficariam em perigo.
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No entanto, depois da intervenção do Ministério do Ambiente é agora possível à Câmara Municipal de Lagoa comprar os terrenos ao promotor. Em comunicado o Ministério do Ambiente salienta que o projeto técnico, "da responsabilidade do Município de Lagoa, consistirá num projeto de renaturalização, de forma a criar uma área de valor natural que permita a visitação e a fruição deste espaço, e será alvo de parecer do ICNF" . A previsão de conclusão do Parque Natural da Cidade de Lagoa pelo Municipio é final de 2025 e no total o projeto terá um investimento de 4 milhões e 430 mil euros.
O autarca Luís Encarnação garante que ao promotor não foram dadas quaisquer contrapartidas a não ser o preço pago pelo terrenos, nem sequer um local alternativo para construir auqlquer zona industrial. "O município de Lagoa vai declarar a caducidade do loteamento industrial previsto no Plano de urbanização", garante o presidente da câmara Municipal de Lagoa.
A construção de um parque verde urbano terá que passar pela renaturalização de um espaço que já foi usado para lixeira e nos últimos tempos alvo de obras de terraplanagem.
O presidente da Câmara Municipal pretende que este processo seja o mais participado possível e pensa que até final do ano poderá avançar com as obras, se até final do primeiro trimestre de 2024 tiver o visto do Tribunal de Contas.