O produtor Joaquim Araújo desfaz mitos e revela os segredos para melhor cuidar das plantas mais populares desta época do ano.
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Não há festa de Santos Populares sem manjericos, mas na casa de muitos portugueses esta decoração típica do Santo António e São João não chega a ver as celebrações do ano seguinte. O que fazer para prolongar a vida dos manjericos? "É muito fácil", garante Joaquim Araújo, produtor de há três décadas.
Em primeiro lugar, saber que "esta é uma planta de ar livre", diz à TSF o responsável pela Manjericos Araújo, na Maia, o maior produtor do país, de onde nas últimas semanas saíram da cerca de 40 mil plantas, vendidas sobretudo em Lisboa e no Porto.
"As pessoas quando adquirem esta planta podem colocá-la dentro de casa, mas ter o cuidado de a colocar numa janela ou na varanda", já que o ideal para o manjerico é "apanhar a luz do dia em toda a sua circunferência", explica Joaquim Araújo. Caso só apanhe luz num dos lados "a parte que está virada para a luz vai crescendo, e a outra pode melar e atrofiar, e acaba por morrer".
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Além disso, o manjerico não se deve regar diretamente, mas usando um prato por baixo do vaso "com água q.b." Em caso de dúvida, o melhor é colocar menos quantidade, aconselha Joaquim Araújo: "É preferível a planta de pedir a água do que ter água a mais."
Já a ideia de que só se pode cheirar o manjerico passando a mão pelas folhas em vez de encostar o nariz à planta "é um mito", assegura o produtor.
Joaquim Araújo garante que todos os dias manuseia e cheira manjericos e nunca morrem. Acredita que ideia terá surgido porque basta abanar a rama dos manjericos para se "libertar um aroma muito bom".
"Quando entramos no terreno e está vento as plantas abanam ligeiramente e é um cheirinho a manjerico fantástico", conta.
Em noite de São João no Porto, o produtor não vai faltar à festa "até de madrugada". Mas em vez de manjericos, este ano leva um alho porro.