Mais mortes nas estradas. É já o segundo ano em que o número de vítimas mortais sobe
Pelo segundo ano consecutivo, o número de vítimas mortais nas estradas aumentou. Em 2018, pelo menos 512 pessoas perderam a vida nas estradas portuguesas.
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O ano de 2018 fica marcado como o ano em que as mortes voltam a subir de forma consecutiva, com 512 vítimas mortais. No ano de 2017 tinha-se já registado um aumento de mortes, com 510 pessoas a perder a vida nas estradas portuguesas.
Para encontrar dois anos seguidos com outra subida do número de mortos na estrada é preciso recuar até 1996, de acordo com os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Segundo o Ministério da Administração Interna, registou-se, no entanto, cerca de menos uma centena de feridos graves.
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O Jornal de Notícias realça, esta quarta-feira, que as medidas prometidas pelo Governo para a redução da sinistralidade existem, mas tardam em sair do papel.
O PENSE 2020 - Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária prevê, por exemplo, a redução da velocidade nas localidades, o controlo do uso de telemóveis ao volante e as inspeções obrigatórias para motos, mas as medidas ainda não foram postas em prática.
João Queiroz, presidente da Associação Estrada Mais Segura, lamenta a falta de coragem política do atual e dos anteriores governos. Em declarações ao Jornal de Notícias, João Queiroz afirma que a taxa de cumprimento da estratégia nacional de segurança rodoviária é muito baixa.
José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, é da mesma opinião. José Miguel Trigoso considera que é preciso passar à ação: as campanhas devem ter como objetivo a alteração de comportamentos de peões e condutores e não apenas a sensibilização. A fiscalização deve ser mais eficaz e garantir punições gravosas.