É a promessa da ministra da Administração Interna. A partir de agora, os militares da GNR e os elementos da PSP em risco de suicídio têm uma espécie de "via verde" no Serviço Nacional de Saúde.
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O plano de prevenção do suicídio, agora revisto e que deve ser aplicado entre 2016 e 2020, prevê que os elementos das forças de segurança tenham atendimento prioritário nos hospitais do SNS.
A ideia é dispensar a passagem pelo centro de saúde aos agentes que os gabinetes de psicologia da PSP e da GNR considerem em risco de suicídio, encaminhando-os diretamente e com prioridade absoluta para os hospitais públicos.
De norte a sul do país, são 35 os hospitais abrangidos. O plano prevê consultas externas de saúde mental e atendimento na urgência, sendo que a maioria dessas unidades hospitalares situa-se no norte e na região de Lisboa.
Os sindicatos e associações do setor entendem que o governo deveria apostar no reforço das equipas dos gabinetes de psicologia.
Atualmente, não chega a uma centena, o número de psicólogos que trabalham no apoio aos militares da GNR e aos elementos da PSP. Sem avançar com números nem datas, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa revela que o governo está a estudar
o reforço dessas equipas.
Quanto à aplicação do novo plano, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, confia que os hospitais têm pessoal suficiente para dar conta do recado. "Muitas vezes, é apenas uma questão de organização", sublinha o governante.
O protocolo que formaliza a revisão do Plano de Prevenção do Suicídio para as Forças de Segurança foi assinado esta manhã pela PSP, GNR e Direção-Geral de Saúde.