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O gestor propôs hoje, na iniciativa "Mais Sociedade", um tratamento de excepção para as empresas exportadoras, defendendo que «a exportação deve ser uma obsessão nacional».
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O gestor Alexandre Relvas, que falava em nome individual no evento "Mais Sociedade", que decorre na antiga FIL em Lisboa, apresentou algumas propostas para as empresas portuguesas.
«Temos que fazer escolhas. Defino aqui que se deve apoiar as empresas cujo nível de exportação seja pelo menos equivalente a 33 por cento da facturação. A exportação tem que passar a ser uma obsessão nacional», defendeu.
Só cinco por cento das empresas portuguesas «estão viradas para fora«, lembrou o gestor, que propos ainda 18 medidas com impacto de curto prazo, desde logo para resolver o problema de financiamento.
«Aquilo que proponho uma atenção específica aos contratos de exportação e haver uma concentração do esforço do sector bancário e uma redução de spreads dirigido, claramente, às empresas exportadoras», explicou Alexandre Relvas.
O gestor disse não acreditar nos apoios a sectores específicos mas sim no poder de contágio dos casos de sucesso.
«Se queremos hoje salvar muitas empresas, vale a pena incentivar as que são sãs a comprar essas empresas e a terem incentivos em termos de amortização do goodwill e de reporte de prejuízos dessas empresas para minimizar os custos de aquisição», propos.
Alexandre Relvas defendeu ainda que se mexa num aspecto polémico: a legislação laboral.
«Valia a pena tomar já uma medida de haver dois sistemas paralelos. Há a legislação tal como ela existe hoje e há um novo contrato de trabalho que pode ser aplicado às novas contratações com flexibilidade total. O meu problema em termos da legislação do trabalho não é o despedimento mas a flexibilidade laboral, de horários, de alteração de funções», disse.
O grupo de reflexão "Mais Sociedade" é uma iniciativa de cidadãos independentes, que surgiu em resposta a um desafio do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, no Verão de 2010, com o objectivo de promover uma discussão sobre o futuro do país.