Nesta altura são cinco os jovens internados, um dos quais devido a falência hepática. No total, 10 militares já foram internados e outro morreu.
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Há mais três militares do curso de Comandos internados, num total de cinco. Em comunicado, o Exército informa que um dos militares está na unidade de tratamentos intensivos do Hospital das Forças Armadas, devido a um golpe de calor. Neste hospital estão ainda outros dois militares, que não apresentam um quadro clínico preocupante.
Os dois alunos do curso de Comandos que já estavam internados foram, entretanto, transferidos. Um dos militares foi para o Hospital Curry Cabral, devido a uma falência hepática, e outro para a Cruz Vermelha, por indícios de rabdomiólise, uma patologia associada a um esforço físico intenso e prolongado.
No total, 10 militares já foram internados e outro morreu.
Na segunda-feira, o ministro da Defesa manifestou "profundo pesar" pela morte de um militar daquele curso de Comandos, tendo transmitido à família do soldado a sua "solidariedade pessoal e do Governo neste momento de dor e sofrimento".
Na altura, o Exército esclareceu que apesar da morte de um militar e de um outro ter ficado ferido no domingo, os treinos iam continuar, embora adaptados ao tempo quente.
Os incidentes ocorreram ambos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, embora em locais diferentes, sendo que o incidente do militar que veio a falecer ocorreu pelas 15h40.
De acordo com uma primeira nota do Exército português, o militar falecido, que frequentava o 127.º curso de Comandos, sentiu-se "indisposto durante uma prova de tiro (tiro reativo)" tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução, que lhe diagnosticou "um golpe de calor".
Esse facto determinou a saída do militar da instrução e a sua transferência para a enfermaria de campanha, onde terá ficado em observação.
Como após o jantar a situação clínica do militar piorou, o médico optou pela sua retirada para um hospital, mas acabou por morrer após uma paragem cardiorrespiratória antes de chegar a ser transferido.
O chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o "trágico acontecimento ocorreu", tendo a Polícia Judiciária militar tomado conta da ocorrência.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República confirmou hoje à Lusa a existência de um inquérito sobre a morte do militar, "o qual corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa".