Mais um ano letivo a começar. Apesar da falta de professores, FNE fala em "novo estímulo" e Fenprof faz outros alertas
Em declarações à TSF, os porta-vozes da FNE e da Fenprof lamentam a falta de profissionais nas escolas. Porém, a FNE considera que “este ano letivo vai correr de uma forma melhor do que anos letivos anteriores”
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O ano letivo arranca esta quinta-feira. Escolas em todo o país preparam-se para abrir portas, mesmo com a falta de docentes.
À TSF, o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, sublinha que há falta de professores e que “isso traduz-se numa dificuldade adicional para a resposta que é necessária para uma educação de qualidade".
Contudo, Pedro Barreiros considera que o cenário deste ano letivo é mais animador em comparação com os anos anteriores.
“Já foram dados passos, nomeadamente aquilo que são as melhorias e a valorização do tempo de docente, que vieram trazer um novo estímulo, uma nova esperança, um melhor ambiente às escolas", explica. “Estamos convencidos de que, à exceção dos locais que já estão devidamente identificados das escolas em que falta professores, este ano letivo vai correr de uma forma melhor do que anos letivos anteriores.”
Mas o problema vai além da falta de professores. Mário Nogueira, o presidente da Fenprof, alerta que há falta de profissionais nas escolas, como assistentes operacionais e psicólogos. À TSF, o porta-voz considera que este já se tornou um “problema habitual”, sentido por quem trabalha nos estabelecimentos de ensino.
“O ano letivo vai decorrer com os problemas habituais da falta de professores, da falta de assistentes operacionais, de técnicos especializados – terapeutas, psicólogos -, falta de rede para o trabalho em meio digital.”
Ainda assim, Mário Nogueira acredita que este problema não será sentido por quem não trabalha nas escolas. “O trabalho dos professores, o esforço que fizeram nestes dias, para o exterior, vai disfarçar muitos desses problemas e aparentemente as coisas estão normais, mas, na verdade, dentro da escola, toda a gente sabe que faltam estes trabalhadores não docentes e o que vai ser mais visível é a falta de professores”, afirma.
As escolas podem começar o novo ano letivo entre esta quinta e segunda-feira. O ministro da Educação reconhece que há falta de docentes e escreveu, na terça-feira, uma carta aos professores a desejar um “excelente ano letivo” e a prometer a valorização da carreira de docente.
