"Mais um grito de alerta" antes das eleições. Grupo de professores organiza marcha em Lisboa
Iniciativa não partiu de nenhum sindicado, mas os organizadores do protesto garantem que está aberto a todos os cidadãos.
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Um grupo de professores está a organizar uma marcha pela Educação entre o Largo do Rato e a Assembleia da República, em Lisboa, no dia 17 de fevereiro.
O protesto pretende ser um último “grito de alerta” durante a campanha e período de debate político que antecedem as eleições de 10 de março, explica à TSF Paulo Fazenda, um dos professores envolvidos na organização.
“Acima de tudo, vai servir para tentarmos de alguma forma a apelar à classe política e a todos os partidos políticos que neste período eleitoral procurem assumir um compromisso no que toca às suas prioridades para a educação na próxima legislatura.”
Para os professores tem sido “penoso” assistir “à continuada degradação da Educação e da escola pública” e “esta marcha pretende ser mais um grito de alerta nesse sentido”, aponta.
Paulo Fazenda esclarece ainda que esta marcha não está ligada a qualquer sindicato, mas sublinha que a participação está aberta a todos os cidadãos.
“A marcha é aberta a todos os profissionais de educação a todos os cidadãos (...) qualquer sindicato que se queira agregar, naturalmente, será bem-vindo", garante o professor.
“Estamos a procurar promover também a organização de autocarros a partir de vários pontos do país", acrescenta, apelando a professores da grande Lisboa que se desloquem para o local por meios próprios”, acrescenta.
A TSF contactou a FENPROF e a FNE para saber se apoiam esta marcha. As duas estruturas sindicais adiantam que não foram formalmente contactadas por este grupo de professores.
A FENPROF lembra que, nesta altura, não estão previstas ações de luta deste género. Em vez disso, os dirigentes sindicais estão a reunir-se com os partidos políticos para apresentarem e ouvirem propostas para melhorar o ensino nas escolas.